
15 Abril 2025
O Moto G85 é o celular mais avançado da linha popular da Motorola e que vem com mudanças no design que o deixam mais premium e até parecido com alguns modelos da linha Edge. Nesta análise do TudoCelular, vamos conferir as suas evoluções e o que ele tem de bom e ruim para saber se é uma boa compra.
O Moto G85 vem em embalagem feita de papel reciclado e além do celular, você recebe os seguintes acessórios:
O design é um dos pontos atrativos do novo intermediário da Motorola. A sua tela curva deixa o aparelho mais elegante sem falar que aproveita melhor a área frontal para incorporar uma tela maior sem precisar aumentar tanto as medidas do aparelho.
Ainda assim tivemos um pequeno incremento da altura, enquanto está mais estreito e com a mesma largura de antes. O novo ficou levemente mais pesado e não deve gerar algum desconforto no manuseio. Aliás, pelo fato de apresentar curvatura na parte frontal e traseira, ele garante até uma pegada mais agradável.
Não há mais aquele bloco separado para o conjunto de câmeras. O G85 adota o mesmo design visto em outros lançamentos da marca e ostenta apenas uma pequena elevação onde temos suas duas câmeras e flash. O acabamento traseiro é feito em material com toque macio e agradável, que a Motorola chama de couro vegano.
Não há a certificação IP68 vista nos modelos da linha Edge 50, mas pelo menos agora temos Gorilla Glass 5 protegendo a parte frontal contra riscos e quebra. Você pode escolher entre duas opções de cores como a tradicional grafite para quem curte um visual mais discreto ou a azul para um tom mais chamativo.
Ele vem com gaveta para apenas um chip na parte inferior e permite adicionar uma linha secundária com uso de eSIM. Pelo menos a Motorola manteve o slot para cartões microSD, permitindo expandir a memória em até 1 TB.
O leitor biométrico vem incorporado à tela em posição confortável e responde bem no reconhecimento da digital, apesar de não ser muito rápido para a categoria. Em conectividade não há nada de especial e temos Wi-Fi de quinta geração, Bluetooth 5.1, NFC e 5G.
A tela cresceu e agora temos um painel de 6,67 polegadas do tipo pOLED capaz de exibir 1 bilhão de cores. O nível máximo do brilho está superior nesta geração e garante uma melhor experiência ao usar o celular na rua, especialmente em dias ensolarados.
A resolução continua Full HD+ e não há suporte a HDR para aproveitar melhor os serviços de streaming. Pelo menos temos uma ótima imagem com cores vibrantes e amplo ângulo de visão para uma experiência agradável de qualquer ponto que você olhar para a tela. A taxa de atualização vem em modo automático e você pode escolher entre 60 e 120 Hz.
Há a possibilidade de calibrar as cores. Por padrão, temos o modo cores intensas que deixa tudo na tela bastante saturado. É possível reduzir a saturação escolhendo a opção de cores naturais, assim como também regular a temperatura ao seu gosto.
Há som estéreo graças ao alto-falante de chamadas que atua como canal secundário. O som entrega boa potência, mas tende a distorcer no máximo. Os graves e agudos são bem reproduzidos, enquanto os médios acabam ficando despercebidos.
Dolby Atmos segue presente com a opção de áudio espacial. Você pode escolher entre vários perfis para otimizar o som com modo dedicado para filmes, músicas, jogos ou podcasts. Ele vem por padrão no modo inteligente que identifica o tipo de áudio.
O hardware é formado pelo chipset Snapdragon 6s Gen 3, que não fica distante do Snapdragon 695 da geração anterior. A Motorola poderia ter investido em processador mais potente para garantir um bom salto em desempenho entre gerações.
Temos 8 GB de RAM com a possibilidade de expandir para 16 GB com o RAM Boost. O G85 consegue segurar muitos apps abertos em segundo plano, porém foi mais lento que o seu antecessor em nosso teste de velocidade com vários aplicativos em uso. Em benchmarks tivemos um salto sutil, ficando abaixo dos 500 mil pontos no AnTuTu.
A GPU é a já conhecida Adreno 619 de antes, então também não espere por um salto no desempenho de jogos. É possível jogar PUBG na qualidade HD e Call of Duty no Muito Alto com recursos extras ativados em ambos.
Um dos grandes destaques do novo intermediário da Motorola é a sua bateria de 5.000 mAh. Nem tanto pelo tamanho que não traz nada de especial para o segmento, mas pelo fato de render bastante.
Em nosso teste tradicional que simula uso moderado com alguns jogos, tivemos autonomia média de 35 horas, o que o deixa acima do segmento e entre os melhores que testamos. Para quem não joga, terá bateria para dois dias tranquilamente.
Ele vem acompanhado de um carregador TurboPower de 33W que leva 1 hora e 20 minutos para encher totalmente a bateria. Uma carga rápida de 15 minutos recupera 27% da bateria e chega a 56% com meia hora na tomada.
O conjunto fotográfico é formado por câmera de 50 MP com sensor LYTIA 600 da Sony e um combo de ultra-wide com macro e sensor de profundidade numa só com sensor de 8 MP.
A câmera principal comprime quatro pixels em um, como é padrão em sensores de 50 MP. Nesta configuração temos boas fotos, mas nada que se destaque para a categoria. Ele não chega a sofrer para fotografar no fim de tarde, apesar do HDR não ser tão eficiente quanto em outros intermediários.
Você pode usar a resolução máxima do sensor sem compressão em troca de registrar um pouco mais de detalhes. Neste modo é normal que as fotos acabem ocupando até o triplo do armazenamento e muitas vezes nem compensa o pequeno ganho na nitidez.
Não há zoom óptico ou qualquer truque especial para registrar o que está distante sem perda de qualidade. Ao usar o zoom digital em 2x, já temos fotos bastante suavizadas e com perda de cores e contraste. Com o zoom máximo de 10x temos fotos tão borradas que ficam completamente descartáveis.
Há foco automático na câmera ultra-wide para ser usada para fazer macros. Apesar de ser uma solução comum entre os celulares da Motorola, já vimos melhores resultados. Não espere fotos muito nítidas, especialmente quando há muitos detalhes a serem registrados. Essa câmera também cuida do desfoque de cenário e acerta em muitos casos.
As fotos noturnas são decentes na opção padrão e ficam mais nítidas, claras e com mais detalhes nas sombras ao usar o modo noturno dedicado. A má notícia é que este modo não está disponível na câmera secundária e o sensor mais fraco fica bastante limitado em locais com pouca luz.
A câmera frontal de 32 MP é a que mais agrada do conjunto. Ela registra muitos detalhes e boas cores mesmo com a compressão padrão de quatro pixels por um. As fotos noturnas apresentam uma pequena queda de nitidez, mas ainda resulta em selfies agradáveis com pouco ruídos.
Por limitações do chipset, não é possível gravar vídeos em 4K. As filmagens em Full HD são apenas decentes em nitidez e cores. Os vídeos saem escuros e com muitos ruídos à noite, especialmente com a ultra-wide e frontal. Há estabilização do tipo óptica para lidar com os tremidos e o foco é ágil. A captura de som é estéreo com boa qualidade.
O Moto G85 vem com Android 14 modificado pela interface Hello UI. Ele deve receber pelo menos o Android 15 futuramente e até três anos de updates de segurança.
Há a Barra Lateral que permite adicionar os seus apps favoritos para acessar de qualquer tela. Você pode abrir até cinco aplicativos em modo janela ou usar dois ao mesmo tempo em tela dividida.
Os clássicos gestos estão presentes, como o de sacudir o celular para abrir a câmera ou ligar a lanterna. Também é possível definir um atalho rápido para tirar uma foto com o botão de energia ou escolher o app ou recurso que mais usa para acessá-lo rapidamente ao dar dois toques na traseira do aparelho.
O Moto Secure está presente para adicionar uma camada extra de segurança, assim como a Pasta Segura que protege seus apps mais importantes com senha. O Smart Connect permite espelhar o conteúdo do celular para uma tela maior, como TV ou monitor, enquanto o Ready For transforma o celular em experiência de desktop.
O Moto G85 é um celular com vários altos e baixos, mas será que é uma melhor opção que o Galaxy A55? O intermediário da Samsung não tem design curvo e traz bordas mais largas. Para compensar há a certificação IP67 para maior resistência contra água e poeira. A tela do Motorola ganha em brilho e cores, mas a do A55 tem suporte a HDR. Os dois garantem som potente com menor distorção no modelo coreano. O G85 ganha em autonomia de bateria e perde em desempenho e câmeras.
Comprar o intermediário da Motorola ou Redmi Note 13 Pro, um dos queridinhos dos brasileiros? O modelo chinês também fica devendo design curvo, mas vem com entrada padrão para fones de ouvido como extra. O Redmi tem o mesmo tamanho de tela, porém com painel mais avançado em brilho, cores e com suporte a Dolby Vision. Ele ganha em som, empata em desempenho e perde em bateria. Em câmera se destaca por filmar em 4K.
O custo-benefício de lançamento é inferior ao seu antecessor, mas será uma boa compra em promoções
O Moto G85 vem em embalagem ecológica com papel reciclado e traz o mesmo carregador de antes
O Moto G85 é um celular fino, com bordas curvas e traseira com textura que ajuda na pegada
É o mesmo Android limpo com poucos recursos dos demais celulares da Motorola
Tela entrega bilho forte e ótimas cores; som estéreo agrada em potência e qualidade sonora, apesar de distorção no volume máximo
O Moto G ficou ainda mais premium e próximo da linha Edge da Motorola, mas poderia ter hardware mais potente
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