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08 de maio de 2025 0
Em um anúncio realizado nesta quinta-feira (8), o TikTok anunciou a chegada de sua plataforma de e-commerce ao Brasil. O TikTok Shop, que explora o conceito de social commerce, permite que o consumidor obtenha o produto visto em um vídeo em alguns poucos toques. A expectativa é que a nova proposta movimente o comércio eletrônico nacional.
Presente em outros territórios, como EUA, Indonésia, França, México, Alemanha, Espanha e mais alguns outros, a grande novidade do recurso é a possibilidade de fazer tudo pelo próprio aplicativo da rede social; desde a descoberta do produto até o check-out da compra. Segundo a própria empresa, as vendas são feitas de forma orgânica, atraindo o usuário a comprar o que está vendo no vídeo.
A novidade traz quatro maneiras diferentes de interação dos usuários com os produtos:
Segundo a rede, os primeiros produtos a ficarem disponíveis no Brasil serão artigos de moda, beleza, saúde, eletrônicos e esportes, com destaque inicial para as famosas garrafas Stanley, que ganharam evidência entre os criadores de conteúdo.
Rubem Couto, analista do Santander, calcula que a plataforma deve alcançar até R$ 39 bilhões em volume bruto de mercadorias até 2028.
O especialista ainda prognostica que o serviço pode capturar de 5% a 9% de todo o e-commerce do país em três anos de funcionamento, rivalizando diretamente com Mercado Livre, Shopee e Amazon Brasil; atuais primeiro, segundo e terceiro lugares em participação de mercado deste canal, com fatias de 13,3%, 8,7% e 7,4%, respectivamente.
Para o TikTok, o grande diferencial da sua proposta é a compra pela descoberta. Algo que Mauricio Morgado, professor e coordenador do Centro de Excelência em Varejo da FGV EAESP, concorda, destacando a compra por impulso.
“Por conta da própria dinâmica do app, acho que vai ser muito bom para compras inesperadas. Por enquanto, não imagino alguém indo pesquisar a compra de uma televisão, por exemplo, no TikTok. Isso a gente faz em outros sites. Mas vai ser muito útil ver um review de um produto e já poder comprá-lo”, complementou Morgado.
O professor ainda destaca a força da rede: “as outras plataformas não têm o conteúdo, nem a conversão que o TikTok tem”. Morgado acredita que a novidade pode ameaçar diretamente outros varejistas tradicionais, principalmente pela questão do entretenimento com oportunidade de compra.
Reunindo o faturamento dos países em que já atua, somente o TikTok Shop gerou aproximadamente US$ 32,6 bilhões em receita bruta em 2024 para a Bytedance, empresa chinesa dona da rede social, com um aumento significativo desde o seu lançamento na Ásia em 2021.
Ainda no ano passado, a chinesa fechou o ano com uma receita de US$ 155 bilhões, apontando um crescimento de 29% em comparação ao ano anterior. A alta teria sido impulsionada pela expansão global do TikTok, com a receita internacional apresentando uma expansão de 63%, representada por US$ 39 bilhões – aproximadamente 25% da receita total da companhia em 2024.
No Brasil, o TikTok Shop tem tudo para decolar. Com 113 milhões de usuários, o país é o terceiro maior mercado do aplicativo, atrás apenas de Indonésia (161 milhões) e Estados Unidos (137 milhões). Ambos os países já contam com a plataforma de comércio, sendo o segundo responsável pelo maior número em vendas, com uma contribuição de aproximadamente US$ 9 bilhões em renda bruta.
Para começar a atuar no Brasil, o TikTok informou que já possui diversos vendedores cadastrados na nova plataforma. “Contamos com uma mistura de marcas brasileiras, como a Natura e o Boticário, por exemplo, e empresas globais, como L’Oreal e C&A, além dos criadores que já usam o TikTok como impulsionador de seus produtos”.
O TikTok Shop adota uma estrutura de comissão sobre as vendas realizadas e se destaca por oferecer taxas mais baixas em comparação com outras plataformas. A central de afiliados do TikTok oferece duas opções de colaboração para marcas e vendedores: colaboração aberta ou direcionada.
Na primeira, qualquer criador qualificado pode ter acesso aos produtos selecionados pelos vendedores através da solicitação de amostras grátis, visando ampliar o alcance da marca. Já na segunda, focada em um grupo seleto de criadores, o vendedor convida influenciadores específicos para promover seus produtos, oferecendo uma comissão personalizada. A escolha entre as opções varia de acordo com a estratégia e objetivo do vendedor.
A plataforma também deve permitir que usuários “comuns” façam parte do esquema de vendas. Segundo a empresa, usuários maiores de 18 anos, com uma conta ativa no TikTok com mais de 5 mil seguidores, com CNPJ e capacidade de gerir o próprio estoque poderão comercializar dentro do TikTok Shop.
A entrega será de responsabilidade do app. “As marcas são responsáveis apenas por separar os produtos. A entrega é responsabilidade do TikTok, que será feita por meio de empresas de logística parceiras, como os Correios”, disse a empresa.
O TikTok Shop não estará disponível no feed de adolescentes entre 13 e 17 anos e não venderá produtos voltados para o público infantil. Além da nova plataforma, a rede social também anunciou recentemente o Search Ads para o Brasil, sob a perspectiva de se consolidar como uma ferramenta de busca no país.
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